Lindo, Emocionante e Inspirador…

15/08/2013 15h41 - Atualizado em 15/08/2013 15h41

Artesã costura e doa bonecas para crianças com câncer

em São José dos Campos / SP

 

Floripes Palazzin Pinto, de 98 anos, faz doações para pacientes do GACC.
Ela começou a produzir bonecas para presentar netos e crianças carentes.

Do G1 Vale do Paraíba e Região

Artesã chega até a sede do GACC em São José dos Campos. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)Artesã chega até a sede do GACC em São José dos Campos. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)

A artesã Floripes Palazzin Pinto, de 98 anos, sempre sonhou em ter bonecas quando era criança. Para esquecer de vez a falta do brinquedo, ela decidiu costurar uma família de pano. A iniciativa passou de um simples passatempo, e atualmente, a artesã de São José dos Campos (SP) confecciona diversos modelos para doações e ainda leva alegria para crianças em tratamento de câncer na cidade.

"Meus pais eram estrangeiros e achavam que dando todo conforto em casa e dando um presente era o bastante e eu não tinha necessidade de boneca. Toda criança sente falta de ter uma boneca, mas me contentava em ter minhas espiguinhas de milho e fazer meus próprios bonecos. Acho que não tem criança feliz sem brinquedo"", diz dona Floripes.

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A produção artesanal começou para presentear os netos, mas agora segue para alegrar também outras crianças. "Me entusiasmei em fazer para crianças menos favorecidas e continuei há muitos anos. Meu marido ainda era vivo e fazia brinquedos de madeira para os meninos e eu bonecas paras meninas".
O colorido das bonecas está por todos os cantos da casa e há cerca de um ano, também ganhou espaço no Grupo de Assistência a Criança com Câncer (GACC). "Sempre ajudamos o GACC com o poquinho que temos, e uma amiga minha tinha uma criança em tratamento lá, que sempre foi muito bem tratada. Achei um lugar ótimo".

Crianças recebem o presente durante o tratamento. (Foto: Reprodução/TV Vanguarda)

Crianças recebem o presente durante o tratamento.
(Foto: Reprodução/TV Vanguarda)

A filha Ana Maria Pinto Lobo, que ajuda a mãe nas produções, diz que dona Floripes faz questão de caprichar em cada boneca e quando não gosta do resultado final, desmancha e faz tudo novamente. "Além de mãe maravilhosa, ela sempre foi um exemplo de vida", diz a filha

Com um dos presentes nas mãos, a paciente Júlia Pereira, de 13 anos, se impressiona com a força de vontade da artesã para ajudar as crianças. "É uma fase bem difícil que a gente passa, e quando vemos isso, vemos que temos um valor. É sempre bom receber presentes", afirma.
"Acho que se eu pudesse faria mais, com todo prazer. É que minhas forças não dão mais, os 98 anos já estão pesando", diz dona Floripes emocionada ao entregar pessoalmente as bonecas para as crianças. Uma experiência e tanto para o coração, que parece bater cada vez mais forte.

Reportagem exibida na TV Vanguarda em 15/08/13

Iniciativa Iluminada

Vale a pena compartilhar iniciativas assim, principalmente em meio a tantos conflitos…

16/08/2013 - 08h51

Brasileiro ilumina o mundo sem gastar dinheiro

Há personagens que só viram celebridade nacional quando fazem sucesso no estrangeiro.

É o caso do mecânico mineiro Alfredo Moser: ele inventou um jeito de as pessoas terem luz em casa sem precisar gastar nada.

Como a invenção está se espalhando pelo mundo (e sem direito a royalties), ajudando milhões de pessoas em comunidades pobres, ele foi comparado, nesta semana, pela BBC, a Thomas Edson.

Para ter a luz, bastam duas coisas: uma garrafa de água, dessas que se encontram no lixo, e duas colheres de cloro. Só isso.

E assim nasce uma lâmpada com custo zero.

Alfredo Moser entra na galeria mundial dos inventores de tecnologias sociais. É gente que ensina a fazer muito com pouco. Ou, nesse caso, quase nada.

Veja aqui o vídeo sobre como fazer essa lâmpada.

Por falar em invenções, criaram um jeito de o cigarro ajudar o meio ambiente. Não acredita?

Um designer criou a bituca biodegradável com sementes. Ou seja, a bituca se transforma numa planta.

Veja mais detalhes aqui.

Gilberto Dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.